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PILAR DE FOGO CHAMA ATENÇÃO DA CRITICA.

Compartilhamos a critica feita pela Nicolle Fernandes é professora de teatro e especialista em educação especial e inclusiva.




‘Pilar de fogo’ Caos, questionamento e horror





Estreando dia 30 de março, na mostra Fringe do Festival de Teatro de Curitiba, Pilar de Fogo é uma história satírica de terror. Uma tragicomédia de cerca de uma hora de duração, a peça conta com uma estética sombria, com páginas de livros queimadas pelo chão, muita fumaça, lápides, música ao vivo ao som de guitarra e uma iluminação belíssima em tons de azul, aumentando a atmosfera de medo e estranheza.

Em um cemitério, os personagens interagem no palco com maquiagens esqueléticas e uma estética inspirada em Poe, assim como no popular Zé do Caixão. É um mundo assolado por uma existência sem livros, há caos, questionamento, HORROR. O clima é tenso e os personagens parecem quase como enlouquecidos enquanto vagam pelo palco. Como diz a própria descrição do evento, desafia o vazio de uma era desprovida de medo.

Interessante também pontuar o final interativo, onde há duas opções, mas só direi isso sobre.





A preparação corporal dos atores foi impecável e obviamente muito bem trabalhada, mostrando para o público que o terror veio para ficar. O gênero deveria ser mais abordada, pois em todo o festival, é possível contar nos dedos quantas produção chegam perto de algo semelhante. A CIA KÁ traz o tema como novidade, com uma oficina sobre narrativas do medo e a peça acima. Uma discussão importante e válida, para agradar novos públicos, explorar novos meios de se fazer a cena.

Vejo a direção como um conjunto de toda a peça, já que é a palavra final em todo espetáculo.Em mais um trabalho da Cia Ká, Kelvin fez um trabalho minucioso conduzindo o elenco em um distopia quase grotesca, na atmosfera densa e enlouquecedora dos personagens ali presentes.Uma bela sensibilidade na direção, e gostaria inclusive de poder realizar algum trabalho juntos, na linha do horror, em algum momento.




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